quinta-feira, 9 de maio de 2013

Bateria de Bágda de mais de 1500 anos




Este curioso objeto foi descoberto na vila de Khuyut Rabbou'a, próxima de Bagdá, Iraque. Em 1940 o diretor do museu nacional do iraque, Wilhelm König especulou que os objetos poderiam ser células galvânicas, que poderiam ter sido usadas para obter energia; até hoje não se sabe ao certo entretanto o diagrama do objeto é curioso (acima) - se for comprovado cientificamente que este objeto é uma célula elétroquimica a invenção de Alessandro Volta em 1800 seria na verdade um "renascimento" de uma invenção que já existiu mais de mil anos antes. Há controvérsias sobre a data de origem do artefato, que pode ser de 250 AC até o cerca do ano 600 DC. Uma análise de datamento da cerâmica por termoluminescência poderia datar muito mais precisamente o artefato.
 



O artefato é uma cerâmica terracota de cerca de 13 cm de altura, que lembra um vaso de flores. Por dentro, entretanto possui uma folha de cobre enrolada em forma de cilindro a qual envolve uma barra de ferro. A extremidade superior da barra de ferro é separada do cilindro de cobre por um tampão de betume. Não se sabe ao certo qual seria a substancia usada como eletrolíto mas a presença de vestígios de componentes eletrolíticos no artefato indica que substâncias ácidas como suco de limão ou vinagre poderiam ter sido usadas como solução para gerar diferença de potêncial entre os eletrôdos da barra de ferro e do cilindro de cobre. Na parte de baixo da barra de ferro havia um assento de pixe e ainda poderia haver um fio metálico que atravessando o tampão de betume e tocando os dois pólos "desligaria" a bateria.  
Apesar de não ser um eletrôdo eficiente, ferro e cobre em presença de um agente eletrolítico, geram uma diferença de potencial elétrico, ocorrendo produção de eletrecidade. Como em experiencias científicas caseiras feitas em feiras de ciencias por crianças, a própria simplicidade do processo e o diagrama do artefato são fortes argumentos para quem acredita que trata-se realmente de uma bateria. Enquanto que céticos argumentam que não havia nenhum instrumento elétrico ou fio encontrado próximo ao artefato e de que o betume isolaria o topo do artefato de uma forma que a eletrecidade não poderia ser coletada.
               

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